BEIJO SABOR CHOCOLATE COM LICOR DE MENTA
Certa vez um homem conversava com uma mulher.
Os dois trocavam idéias sobre a importância do beijo em uma relação.
Eles acreditavam que o beijo era o estimulante do corpo e da alma.
Há muito tempo se olhavam de uma maneira diferente.
Existia uma atração mútua que os ligava, todas as vezes em
que o brilho de seus olhares se encontravam.
Uma cumplicidade nascida espontaneamente, através da amizade,
do respeito e de alguns toques mágicos de carinho,
dados inconscientemente com a Inocência pura de quem
está encontrando um novo amor.
— Você já parou para pensar como o beijo é fundamental
numa relação amorosa? — perguntou a mulher.
— Sim! O beijo mostra toda a intensidade de sentimentos que
existem entre duas pessoas. Mostra a ligação íntima de suas almas.
Eu vejo o beijo como o termômetro de uma relação.
Quando os beijos diminuem, é um sinal de que alguma coisa
não anda bem.
— respondeu o homem olhando no fundo dos olhos da mulher.
— Você tem toda razão. É no beijo que sentimos o ardor da paixão...
a química de um encontro.
O beijo enlouquece a alma e incendeia o corpo.
— comentou ela com empolgação.
— Sabe o que é mais interessante no beijo?
— Não! — respondeu ela com uma expressão curiosa.
— É que podemos inventar os mais variados tipos de beijos.
— Como, por exemplo? — perguntou ela com uma carinha marota.
— Beijo com sabor de carinho... beijo com sabor de mel...
— Beijo com sabor de morango com chantilly... hummm!
– completou, ela colocando um pouco de pimenta na conversa.
— Você tem toda razão. É só deixar a imaginação seguir seu rumo,
que podemos criar as sensações mais fantásticas que existem.
— Claro que para se dar um beijo assim, é preciso ter uma pessoa
especial do nosso lado. Uma alma que possa inspirar nossa
imaginação... que possa acender a chama da criatividade do
corpo e da alma. — instigou a mulher fazendo aquele olhar
misterioso, que dá sempre uma dupla interpretação a
suas palavras. O homem percebendo isso, disse:
— Você tem toda razão. Mas de todos esses beijos que falamos
e dos outros que esquecemos de mencionar ou criar,
tem um que é o meu favorito.
— Qual? — perguntou a mulher com ares de curiosidade e malícia.
— O beijo com sabor de chocolate com licor de menta.
Hummm! Maravilhoso. Uma delicia de se dividir.
— disse ele provocando.
— Não conheço esse beijo. Será que você poderia descrevê-lo
pra mim? — pediu a mulher com uma expressão sapeca no rosto.
— Tem certeza que você não conhece esse beijo?
— questionou o homem com um olhar travesso, um olhar
quase adolescente.
— Não. Ficaria imensamente feliz se você o descrevesse para mim.
Fiquei muito curiosa em conhecer esse beijo.
Ele parece ser muito interessante, saboroso e especial.
— Quer mesmo conhecê-lo?
— Sim. Por quê? Ele tem algo de tão diferente assim?
— Claro que sim! Ele é muito peculiar, e só pode ser dado em
momentos muito íntimos e superespeciais.
— Hummm! Então me descreve, pois acho que estamos
começando a nos encontrar em um momento especial.
O homem sorriu e se deixou envolver pela magia que foi t
ransmitida naquela última frase dita pela mulher.
Então, ele recomeçou a falar:
— Bom, antes de se dar esse beijo, é preciso ter duas
coisas fundamentais.
— Quais?
— Primeiro: uma pessoa sensível e sincera que queira
compartilhá-lo.
_Segundo: ter em mãos um ou mais chocolates com recheio
de licor de menta. Eu geralmente prefiro ter uma caixa inteira.
— disse ele sorrindo.
— Realmente, são duas coisas muito importantes.
E com certeza não as esquecerei. Agora eu acho que você
pode me dizer quais são os passos para se encontrar esse
beijo que parece ser mágico.
Por acaso, você não teria um chocolate desses com você?
O homem sorriu e disse:— Por acaso, tenho um sim.
— Então, pegue-o e me mostre como se faz.
Tendo um exemplo prático, fica mais fácil de aprender.
Você não concorda comigo?
— Claro que sim! — respondeu ele com um brilho intenso
e cheio de desejo. Então, pegou o chocolate e falou:
— Bom! Já que temos o chocolate em mãos, vamos aos
passos que levam ao beijo sabor chocolate com licor de menta:
Primeiro: olhe bem nos olhos da pessoa que quer beijar.
Sinta o brilho dos seus olhos e a verdade de sua alma nesse
olhar e deixe que ela também veja as verdades do seu coração ...
permita que o olhar dele se misture com o seu desejo e passe
neste momento suas melhores emoções para ela.
— falou ele olhando para a mulher.
— E aí? — perguntou ela ansiosa, assim que ele fez uma breve
pausa, recomeçando a falar em seguida:
— Depois pegue um chocolate e desembrulhe-o lentamente,
fazendo com que ele ou ela, ouça o barulho do papel que cobre
o chocolate ( é importante fazer isso, sempre olhando para
pessoa que você quer beijar), sentindo a sua respiração...
captando seus batimentos cardíacos, percebendo que eles
estão aumentando a cada aproximação do seu rosto ao dela...
Enquanto ele falava seu rosto ia se aproximando lentamente
do dela. E ele prosseguia:
— Em seguida pegue o chocolate e dê uma mordida (repetindo,
sempre olhando para pessoa). Mastigue devagar para sentir
o licor se misturar com seus lábios e sua língua.
Depois com a outra metade que estiver em sua mão,
passe o chocolate lentamente nos lábios da pessoa que
estiver do seu lado, deixando escorrer o licor bem devagar
(eu disse escorrer lentamente o licor.
Contornando os lábios de forma suave...devagar...
como se estivesse fazendo um desenho rico em detalhes).
Ele pegou o chocolate que estava desembrulhando e
olhando para a mulher, levou até a boca e deu uma mordida.
Começou a mastigá-lo bem devagar, de uma maneira insinuante.
O homem deu uma parada ao sentir que os olhos da mulher
haviam se fechado. Pegou a outra metade do chocolate que
estava em sua mão e passou delicadamente sobre os lábios dela.
O licor de menta escorria vagarosa e deliciosamente pela
boca da mulher. Então, de olhos fechados e sentindo o gosto,
a mulher passou a língua sobre os seus lábios,
de forma provocante. Seu coração começou a bater velozmente,
como se quisesse sair correndo do seu peito e ir em direção do
coração do homem. Com muita dificuldade ela conseguiu
manter os olhos fechados.
— Tudo bem com você? — perguntou o homem.
— Sim. Tudo bem. Apenas fechei meus olhos para visualizar
esta cena, criando em minha mente um ambiente maravilhoso
para um momento desses. Você fala com tanta doçura e
sensibilidade, que o tom de sua voz me fez viajar.
E o gosto do chocolate, misturado com o licor mexeram comigo.
O homem percebeu que os lábios da mulher estavam úmidos,
assim como os seus. Respirou fundo e continuou:
— Em seguida, feche os olhos e toque os lábios da pessoa
com suavidade uma vez... duas vezes... e na terceira vez deixe
que sua língua e a dela se encontrem com delicadeza num balé
de prazer e carinho... deixe suas mãos livres para sentir as
batidas do coração dela . As mãos livres nos permitem fazer
carinhos e afagos de amor de uma maneira simples e ao
mesmo tempo intensa.
Sem perceber ele se aproximou dela e tocou seus lábios
pela primeira vez.
Tentando conter a ansiedade, esperou um pouco e os tocou
pela segunda vez e, sem dar um intervalo, suas bocas se
encontraram num beijo quente, suave e enlouquecedor .
Ambas as mãos deslizavam sem medo por corpos quentes
e desejosos de toques simples, mas puros e sinceros.
Naquele momento não havia mais fronteiras, regras ou
preconceitos que os impedissem de explorar as mais
deliciosas sensações que podem um homem e uma mulher
proporcionar um para o outro, quando a química de um
beijo de amor é encontrada.
O beijo os transportou para um mundo próprio, cheio de
magia e ternura, só permitido para aqueles que querem a
mar com a alma e o coração.
Ele tocava o peito dela e sentia as batidas frenéticas de
seu coração, por sua vez, ela sentia o mesmo.
Cada vez mais o beijo ficava mais profundo...
mais eletrizante... mais sensual... mais gostoso...
mais apaixonante. O resto de chocolate se misturava com o
licor de menta que as duas bocas dividiam naquele momento,
misturando também as almas e os corações daquele homem
e daquela mulher.
Por um breve instante eles pararam.
Seus olhos se abriram e um sorriso infantil nasceu
dos lábios de ambos.
Naquele instante mágico eles tinham certeza de que uma
coisa boa acabava de nascer entre eles.
A esperança de viver um longo
e verdadeiro amor.
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