terça-feira, 1 de julho de 2008

o que as palavras nao sabem

QUE AS PALAVRAS NÃO SABEM A minha voz não te alcança Mas o meu poema beija os teus olhos Em versos tristes Mas não são tristes pela tristeza E sim pela imprecisão Dos sentimentos e sentidos Que as palavras agora não sabem Traduzir ou trazer a tona Há um eco em todos os poemas Desde o primeiro poema escrito no planeta Que talvez tenha sido escrito Em pedras, nas paredes de uma caverna Ou nas areias de uma praia Levadas pelo mar Permanece vivo em nós O mesmo sentimento Do primeiro poeta do mundo E a mesma emoção desperdiçada Da primeira poesia da história Que de alguma forma Permanece desperta em nossa memória Talvez o homem Seja um poema de Deus E como todo poema do mundo Não obedeça ao poeta E mesmo assim o criador ama Com todas suas forças sua criação Os teus olhos não me alcançam Mais a minha poesia se faz presente Em seu coração Em alguns casos a poesia Torna-se maior que o poeta Ele sempre ganha no fim.

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